De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em sua mais recente Live para apresentar o desempenho do setor em 2021 e as perspectivas para 2022, o setor de franquias consolidou sua curva de recuperação em 2021, compensando grande parte das perdas de 2020 e quase igualando o desempenho de 2019.
O balanço anual realizado pela ABF mostra que o faturamento das franquias no Brasil passou de R$ 167,187 bilhões em 2020 para R$ 185,068 bilhões em 2021, um crescimento nominal de 10,7%, chegando a patamar semelhante ao de 2019 que foi de R$ 186,755 bilhões.
No 4º trimestre de 2021, cuja comparação já se deu com um período menos impactado pela pandemia, o crescimento foi de 5%, alcançando R$ 56,663 bilhões, 3,1% acima do mesmo período de 2019. O mercado registrou, ainda, ainda expansões expressivas em número de unidades, redes de franquia e empregos diretos, o que corrobora uma recuperação mais robusta.
Alguns fatores foram preponderantes para que houvesse esse crescimento, como a flexibilização ou suspensão das medidas restritivas de distanciamento social, ampliando o funcionamento do comércio em geral; o bom desempenho de alguns setores beneficiados pela maior permanência das famílias em casa, como o de construção civil e de saúde e beleza; os ganhos de eficiência das redes de franquias, que investiram mais na digitalização de suas operações, com a multicanalidade e novos modelos de negócios, por exemplo. O setor se beneficiou, também, da retomada gradual dos hábitos dos consumidores – que inclusive impulsionou a área de serviços de forma geral –, do aumento significativo do movimento nos shoppings centers e da chegada de novos players.
Os dados mostram que o mercado de franquias registrou uma recuperação mais homogênea em 2021 na comparação com 2020 e que segmentos como Casa e Construção e Saúde, Beleza e Bem-Estar até ganharam espaço. Segundo especialistas do setor, é preciso que seja mantida a vacinação em massa da população e, entre outras ações que melhorem o ambiente econômico, que haja medidas de estímulo ao consumo para que o franchising e o mercado como um todo mantenham sua trajetória positiva, gerando empregos, movimentando a econômica e recebendo profissionais que desejam abrir seu negócio como alternativa renda ou investimento.
O estudo aponta ainda que mais empresas adotaram o sistema de franchising no último ano, assim como houve uma disseminação maior de modelos como home based e franquias digitais, mostrando, ao mesmo tempo, a atratividade do setor para outros ramos da economia e novos caminhos para o crescimento das redes.
Maiores crescimentos do setor:
Casa e Construção - alta de 19,3%;
Saúde, Beleza e Bem-Estar – alta de 10,5%;
Entretenimento e Lazer – alta de 21,2%;
Moda – alta de 15,2%;
Limpeza e Conservação – alta de 14,7%;
Alimentação: Comércio e Distribuição – alta de 12,5%;
Serviços e Outros Negócios – alta de 11,1%.
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